quinta-feira, 18 de junho de 2009

Guia de Arquitectura Porto e Norte...2.0

A primeira edição deste guia/roteiro arquitectónico chega ao fim. Em breve será publicado outro de outras zonas do Pais. Pretende ser conciso e revelar alguns exemplares do que melhor se faz e fez na arquitectura Portuguesa a partir do inicio de século.

Por fim não podia deixar de publicar algumas referências dos fins do século XX e inicio do século XXI. Sóla-Morales numa intervenção muito atlântica constrói um grande passeio pedonal que se estende da foz(molhe) a Matosinhos, marcando o fim do percurso com um edifício apelidado de transparente,edifício este que foi requalificado por Carlos Prata. Toda a intervenção privilegia os materiais duráveis e resistentes como os aços e os betões assim como revestimentos em pastilha e azulejo. A vegetação é mantida e introduzidas novas plantações nalguns locais privilegiando plantas de clima marítimo. Alguns erros são cometidos como o grande parque de estacionamento à espera de carros e o antigo edifício transparente que não funcionou como era inicialmente previsto(grande bancada sobre o mar). O mobiliário urbano muito criticado(cadeiras individuais que se agrupam em pequenos grupos) não deixa de ter a sua piada e introduz uma nova maneira de contemplar o oceano.
Koolhas constrói um equipamento estruturante para toda a cidade do Porto. Um ícone do século XXI, edifício que vai marcar a cidade. Isto é conseguido pela audácia da sua forma estranha e do seu desenho de pormenor. Como uma grande pedra no charco na vangloriada escola do Porto. Koolhas cria um novo ambiente urbano em volta do objecto(espaço de deambulação e prática de desportos como o skate) assim como transporta a cidade a um nível cosmopolita nos eventos que ai são praticados. Todo o interior se assemelha a uma grande nave espacial à espera de todo o género de musicas. Chapas metálicas, betão aparente, escadas rolantes, luzes fluorescentes que mudam de cor transportam-nos para estes ambientes futuristas.
Souto de Moura constroi uma torre na avenida da Boavista. Uma torre em que as peles que revestem todo o edifício fazem dele um gigante objecto rectangular minimalista que se pode assemelhar a uma escultura de Judd. A torre Burgo cria uma praça de enquadramento onde sobressai uma escultura de Ângelo muito ao gosto das praças Nova Iorquinas.


63 - Torre Burgo -Porto / Burgo Tower / E. Souto de Moura 1991-2006

62 - Casa da Musica- Porto / music hall / OMA – Rem koolhas 1999


61 - Passeio atlântico- Matosinhos / atlantic sideways and gardens / Sóla Morales 1999-2002

Também publicado em http://fdeprumo.blogspot.com

domingo, 14 de junho de 2009

A man for all seasons




Não é novidade para ninguém que sou "Portista" por convicção e com paixão. Às vezes até posso ter algumas dúvidas relativamente às opções ou caminhos, posso pôr em causa algumas escolhas ou questionar o método, mas a verdade é que impossível não reconhecer a Paulo Portas a inteligência, a argúcia, a capacidade (ou instinto) política e a entrega à "causa" que é fazer crescer (e renovar) o CDS. Paulo Portas reinventa-se, permanecendo fiel à matriz essencial, e por isso é o líder que acompanha os tempos e que será capaz de voltar a surpreender, nas legislativas, quem vaticina a morte do CDS.

Feita a declaração de interesses, sendo fã assumida e já “vacinada” com as performances do líder (porque já estamos habituados à excelência) não é possível deixar de fazer referência à entrevista desta semana na Única. Não é o lado humano do político, não é, tão pouco, por ser num registo “quase intimista” mas não invasivo a que estamos pouco habituados na política à portuguesa. O que realmente nos interpela é a forma genuína e convicta com que Portas vai respondendo às perguntas, mais pessoais ou mais políticas, sem se pretender esconder e sem usar rodeios. Apenas se esquiva a responder quando lhe perguntam se é um homem bonito! De tudo o resto, fala com a naturalidade das pessoas normais, que sabem do que gostam, o que querem e vivem bem com as suas escolhas. Não há nesta entrevista qualquer traço de arrogância intelectual, de intolerância ou qualquer apelo ao sentimentalismo bacoco das entrevistas género “a vida privada de…”. E depois há a questão da honestidade, que faz tanta falta na política. Portas não vai atrás do politicamente correcto e, por isso mesmo, não deixa de dar conta da sua ambição – voltar ao governo e, até, liderá-lo - e de mostrar o motivo pelo qual a tem: não só é capaz, como já deu provas. Mais linear que isto seria impossível. Sem retóricas ou palavras caras, que animam uma certa esquerda caviar. Com Paulo Portas tudo adquire uma simplicidade absoluta (própria da verdade), como deve ser, em política.

Mas mais do que elogiar a entrevista, convém é que a leiam. Vale a pena!




Também publicado aqui.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Continuamos a ser bem geridos...

Tendo em conta o que vem aqui escrito, o estado desperdiçou quase tanto, quanto investiu na ajuda à crise... Se a isto juntarmos os 2, 5 mil milhões de euros que gastou no BPN, o despedicio quase que triplica! Mas para isso está cá o Zé, que paga estas "brincadeiras"! Só não quero imaginar, quanto deste desperdicio não são desvios para as contas dos meninos...

Apesar de ser o Tribunal de Contas a vir revelar este resultado, não apresenta quaisquer consequências para os responsáveis desta ingerência, responsáveis esses que até são conhecidos.
MAS QUE RAIO DE TRIBUNAL É ESTE? Ai se fosse o Zé...

segunda-feira, 8 de junho de 2009