segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Plano Paulson CHUMBADO!
O plano de emergência proposto pelo presidente dos EUA, George W. Bush, e que tinha conseguido reunir consenso entre os membros do Congresso, acaba de ser chumbado pela Câmara dos Representantes.
O «Plano Paulson», assim chamado em alusão ao secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, previa a atribuição de 700 mil milhões de dólares para ajudar a salvar o sistema financeiro da crise em que se encontrava. Era a maior intrevenção do Estado Americano na Economia desde o New Deal. Apesar de representantes dos Democratas e Republicanos estarem reunidos neste momento para tentar alterar a posição do voto acho que ainda não é hoje que vamos assistir a uma nacionalização massiva nos EUA.
domingo, 28 de setembro de 2008
Há coisas que nunca mudam...
Estou agora a ler o "Alves e C.ª" do Eça (romance que retrata a vida quotidiana da burguesia lisboeta) e deparei-me, logo no primeiro capitulo, com um excerto, que bem podia retratar a realidade actual: "Godofredo parou, verificou o seu próprio relógio, preso por uma corrente de cabelo sobre o colete branco, e não conteve um gesto de irritação vendo a sua manhã assim perdida pelas repartições do ministério da marinha. Era sempre assim, quando seu negocio de comissões para o ultramar o levava lá. Apesar de ter um primo director-geral, de escorregar de vez em quando uma placa de cinco tostões nos contínuos , de ter descontado letras de favor a dois segundos oficiais, eram sempre as mesmas esperas dormentes pelo ministro, um folhear eterno de papelada, hesitações, demoras, todo um conjunto de trabalho irregular, rangente e desconjuntado de velha máquina meio desaparafusada."
Era assim o Portugal "liberal" do século XIX: atrasado, burocrático e dificultador da livre iniciativa. Ou seja muito parecido com o do século XXI.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Mudar de Vida
Marques Mendes, na apresentação do seu livro "Mudar de Vida", fez o que na minha opinião foi o melhor discurso de direita dos ultimos anos. Cada vez mais me convenço que este foi o homem certo, no momento errado.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Quem tem medo do liberalismo...
Nunca vi tanta gente sábia na minha vida. Toda a sociedade portuguesa, desde o mais modesto carpinteiro até ao mais respeitável e sublime estadista, parece saber a causa e solução da recente crise financeira. No entanto há uma coisa que parece ser considerada verdade absoluta, e comum a todas as mentes bem pensantes: esta crise é o resultado da falta de regulação. Não sendo eu (ao contrário de todos os portugueses) entendido em economia, custa-me a perceber como é que esta afirmação, se coaduna com o facto da FED, publicar em média 70000 paginas de nova regulação por ano. Não haverá demasiada regulação? Pergunto eu na minha ignorância. Tanta que se torne demasiado complicada e ineficaz. Afinal já dizia o velho Platão: “Quanto mais leis, mais fácil é quebra-las”. Pergunto também a quem me souber responder, se as baixas taxas de juro da FED, (essa gloriosa entidade reguladora), não terão contribuído para a malta se endividar como se não houvesse amanhã?
Mas quem é o responsável por esta “falta de regulação”? O “Liberalismo” ou “Neo-Liberalismo”, ou lá o que seja, que presentemente é o papão da moda. Mas descansa meu querido Portugal que o liberalismo não constitui uma ameaça para ti. Todo a nação se entrepõe entre ti e o menor domínio da sociedade, por parte do estado: A extrema-esquerda, ainda de luto pela “grande pátria soviética”, desenterra os velhos estandartes, e com um “eu bem dizia” e ao som de Zéca Afonso nos lábios, reúne as suas hostes e prepara o “round two” contra o capitalismo. A esquerda moderada, tendo por arautos os ilustres membros do nosso governo avisam num chinfrim tremendo “que não pode haver mais economia do casino”, e dão a entender que vem aí uma avalanche de controlo de preços. A direita, (a que pensa em mais coisas que moral, bons costumes e ultramar), gosta demasiado do respeitinho para permitir um sociedade civil menos dominado pelo estado. Tendo como ídolos D. João II, Pombal e Salazar, não consegue resistir á ideia do estado esmagar os “poderosos”, pelo simples facto estes serem poderosos. A classe politica… bem ainda estou para ver uma classe que abdique voluntariamente do poder. Os grandes empresários, (que vivem á sombra do poder politico) não ousam reclamar contra o estado por terem medo das consequências e porque (“it takes two to tango”), gostam da ideia duma economia atrofiada que dificulte a aparição de novas empresas, e traga essa coisa irritante que é a concorrência. Os senhores iluminados da cultura, que por esse país fora ameaçam realizar o primeiro genocídio através do tédio, e que não hesitam em insultar de burro para baixo quem ousar criticar as suas “obras-primas”, horroriza-se com o liberalismo, pois tem consciência que devido á sua própria mediocridade (salvo raras excepções), não conseguiria sobreviver sem essa muleta monetária que é o estado. Por ultimo a igreja. Desagrada-lhe o liberalismo, porque por um lado tem inscrito no seu código genético o ódio ao lucro; por outro desconfia sempre da livre iniciativa e do livre arbitro: é preciso um bom pastor que guie as ovelhas. O seu único problema constitui a forma como este guiou e guia o seu rebanho, nada mais.
Portanto descansem todos os portugueses que tremem cada vez que ouvem a palavra liberalismo, pois toda a nação está do vosso lado para lutar contra este lobo mau do século XXI.
Mas quem é o responsável por esta “falta de regulação”? O “Liberalismo” ou “Neo-Liberalismo”, ou lá o que seja, que presentemente é o papão da moda. Mas descansa meu querido Portugal que o liberalismo não constitui uma ameaça para ti. Todo a nação se entrepõe entre ti e o menor domínio da sociedade, por parte do estado: A extrema-esquerda, ainda de luto pela “grande pátria soviética”, desenterra os velhos estandartes, e com um “eu bem dizia” e ao som de Zéca Afonso nos lábios, reúne as suas hostes e prepara o “round two” contra o capitalismo. A esquerda moderada, tendo por arautos os ilustres membros do nosso governo avisam num chinfrim tremendo “que não pode haver mais economia do casino”, e dão a entender que vem aí uma avalanche de controlo de preços. A direita, (a que pensa em mais coisas que moral, bons costumes e ultramar), gosta demasiado do respeitinho para permitir um sociedade civil menos dominado pelo estado. Tendo como ídolos D. João II, Pombal e Salazar, não consegue resistir á ideia do estado esmagar os “poderosos”, pelo simples facto estes serem poderosos. A classe politica… bem ainda estou para ver uma classe que abdique voluntariamente do poder. Os grandes empresários, (que vivem á sombra do poder politico) não ousam reclamar contra o estado por terem medo das consequências e porque (“it takes two to tango”), gostam da ideia duma economia atrofiada que dificulte a aparição de novas empresas, e traga essa coisa irritante que é a concorrência. Os senhores iluminados da cultura, que por esse país fora ameaçam realizar o primeiro genocídio através do tédio, e que não hesitam em insultar de burro para baixo quem ousar criticar as suas “obras-primas”, horroriza-se com o liberalismo, pois tem consciência que devido á sua própria mediocridade (salvo raras excepções), não conseguiria sobreviver sem essa muleta monetária que é o estado. Por ultimo a igreja. Desagrada-lhe o liberalismo, porque por um lado tem inscrito no seu código genético o ódio ao lucro; por outro desconfia sempre da livre iniciativa e do livre arbitro: é preciso um bom pastor que guie as ovelhas. O seu único problema constitui a forma como este guiou e guia o seu rebanho, nada mais.
Portanto descansem todos os portugueses que tremem cada vez que ouvem a palavra liberalismo, pois toda a nação está do vosso lado para lutar contra este lobo mau do século XXI.
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