Este Domingo, na sua crónica do Publico, António Barreto fala do livro "Holocausto em Angola", escrito por Américo Cardoso Botelho. Este livro relata os massacres, as torturas, as prisões arbitrárias, em suma o terror, infligido pelas as autoridades angolanas a centenas de milhares de pessoas (incluindo ao próprio autor). Pessoas que eram muitas delas portuguesas, e que foram prosseguidas, torturadas e mortas por homens que hoje são respeitáveis, militarem, políticos e empresários.
O livro também revela a passividade e cumplicidade das autoridades portuguesas, (face aos crimes perpetuados pelas forças do MPLA, antes da independência), nomeadamente de Rosa Coutinho, também chamado de “Almirante Vermelho”o e á altura governador de Angola. Este livro apresenta provas documentais, que este senhor (agora venerado como herói da revolução) em conjunto com outras pessoas ligadas ao PCP e ao MFA, terá colaborado, e mesmo encorajado a perseguição genocida movida pelo MPLA, aos colonos portugueses, e a todas as forças que se lhe opunham.
Ora estamos a falar de alta traição, bem como de crimes contra a humanidade alegadamente perpetrados por uma certa elite revolucionária, que hoje ainda é saudada como salvadora da pátria. Espantam-se alguns por não ter havido qualquer reacção política ou judicial, face a estas revelações estrondosas. A explicação é muito simples: muito simplesmente estas revelações não tem nada de estrondoso, vindo apenas confirmar o que á trinta anos se fala baixinho e entre dentes, e que é conhecimento do publico em geral.
Como sempre, Portugal prefere fechar os olhos, e ignorar certos actos ,alegadamente perpetrados por alguns dos “pais da pátria”. Seria perigoso, muito perigoso, acusar estes homens pois desse modo destruir-se-ia o mito da “pureza” do 25 de Abril, pondo em causa o “pureza” do regime actual, que estes senhores ajudaram a fundar.
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