Juro que há notícias que me irritam, bem como atitudes, comentários e discursos. Estes são dois exemplos: (i) eleições na Distrital do Porto do CDS, e (ii) marcação de eleições para a Distrital de Lisboa de irritações sobre as quais não posso deixar de falar!
Indo ao primeiro tema, as já célebres eleições para a CPD Porto, comparadas ao regime cubano (?) por algum iluminado, parece-me que pelos seus resultados esclareceram qualquer dúvida sobre irregularidades no processo… afinal quase 1000 votos contra 70 (números redondos) não me parece que se consigam com manigâncias de secretaria geral, por muito boa e eficaz que esta seja! Assim sendo, o candidato que teve 70 votos deveria, ao invés de atacar o “sistema”, essa entidade mítica (ou seria melhor chamar-lhe mito urbano), fazer o seu trabalho de casa se tem qualquer tipo de pretensão de disputar o que quer que seja! De outra maneira bem pode bramar aos céus contra o “sistema”, contra os “Portistas” (“pórtistas” de Portas, não confundir com portistas de FCP), contra a anterior e actual distrital e contra a Secretaria-Geral que mais não consegue do que passar por tonto e ressabiado, e convenhamos que nenhuma das coisa é, assim muito “bonita”!
Quanto à distrital de Lisboa, e porque também por cá teremos eleições (marcadas ontem para 8 de Maio), muito tinha sido comentado na imprensa o Movimento Alternativa e Responsabilidade (AR) que iria disputar a eleição a António Carlos Monteiro, actual Presidente da CPD e candidato novamente em Maio. Pois bem, parece que os senhores afinal já não avançam, vejam só, porque as eleições foram antecipadas um mês (meu Deus que nem estou em mim perante esta antecipação imensa da data do acto eleitoral!) e como tal os “seus” novos militantes não estão autorizados a votar! Pois é… TEMOS PENA!!!! Mais uma vez falam do “sistema” e de “manobras para evitar a renovação”. Convém, no entanto, explicar a estes senhores algumas coisas, e como eu sou muito da à pedagogia, até lhes posso fazer esse favor:
1) O CDS tem regras que têm que ser respeitadas por todos, quer antigos quer novos militantes. Uma dessas regras é a de que só podem votar pessoas filiadas há mais de 3 meses. Pretende esta regra evitar, exactamente, o que o movimento AR pretendia fazer: filiar pessoas especificamente para votar. Note-se, além do mais, que estas regras não são de agora, aprovadas de propósito para impedir que os 100 novos militantes AR votem. São já antigas e eram perfeitamente conhecidas. Talvez o movimento devesse ter começado a trabalhar mais cedo… fica a sugestão, e de borla!
2) Ninguém se deve filiar num partido única e exclusivamente para votar numas eleições. O acto de filiação parte de uma convicção e de uma vontade de contribuir para um projecto comum. Qualquer militante a sério não deserta nem desaparece só porque, de acordo com as regras da casa, não pode votar em determinada eleição. Além do mais, quem acredita no CDS, como eu acredito, filia-se no Partido e não num qualquer movimento de alternativa ou de renovação!
3) Considero, além do mais, fabuloso que o senhor responsável pelo movimento diga, e cito «Há muito tempo que não entravam para o partido mais de uma centena de militantes num mês». Devia talvez fazer as contas e saber um bocadinho mais de qual tem sido o trabalho das concelhias e ver, por exemplo, o número de pessoas que se filiou na sequência do regresso, (en ora buena), de Paulo Portas à direcção do CDS. E já nem vou chamar a atenção para o facto de 30% desses militantes de que o senhor tanto fala serem transferências para o distrito de Lisboa e o que esse processo significa em termos práticos (falava de manobras o Senhor, não era?!
4) Por fim, quer-me parecer que se os propósitos do movimento eram apresentar uma alternativa e assumir uma responsabilidade, ficava-lhes bem aproveitar o período eleitoral que se avizinha para se assumirem como tal e dar conta das suas ideias e projectos e discuti-los de forma frontal e construtiva, isto porque às vezes não nos candidatamos para ganhar mas apenas para abrir espaço ao diálogo e à construção de alguma coisa melhor (pensem, por exemplo, no caso da Moção Fazer Futuro da JP, em 2006). Mas lá está… eu penso assim porque gosto mais do CDS do que de qualquer lugar nos seus órgãos mas, pelos vistos, nem todos são assim!
Indo ao primeiro tema, as já célebres eleições para a CPD Porto, comparadas ao regime cubano (?) por algum iluminado, parece-me que pelos seus resultados esclareceram qualquer dúvida sobre irregularidades no processo… afinal quase 1000 votos contra 70 (números redondos) não me parece que se consigam com manigâncias de secretaria geral, por muito boa e eficaz que esta seja! Assim sendo, o candidato que teve 70 votos deveria, ao invés de atacar o “sistema”, essa entidade mítica (ou seria melhor chamar-lhe mito urbano), fazer o seu trabalho de casa se tem qualquer tipo de pretensão de disputar o que quer que seja! De outra maneira bem pode bramar aos céus contra o “sistema”, contra os “Portistas” (“pórtistas” de Portas, não confundir com portistas de FCP), contra a anterior e actual distrital e contra a Secretaria-Geral que mais não consegue do que passar por tonto e ressabiado, e convenhamos que nenhuma das coisa é, assim muito “bonita”!
Quanto à distrital de Lisboa, e porque também por cá teremos eleições (marcadas ontem para 8 de Maio), muito tinha sido comentado na imprensa o Movimento Alternativa e Responsabilidade (AR) que iria disputar a eleição a António Carlos Monteiro, actual Presidente da CPD e candidato novamente em Maio. Pois bem, parece que os senhores afinal já não avançam, vejam só, porque as eleições foram antecipadas um mês (meu Deus que nem estou em mim perante esta antecipação imensa da data do acto eleitoral!) e como tal os “seus” novos militantes não estão autorizados a votar! Pois é… TEMOS PENA!!!! Mais uma vez falam do “sistema” e de “manobras para evitar a renovação”. Convém, no entanto, explicar a estes senhores algumas coisas, e como eu sou muito da à pedagogia, até lhes posso fazer esse favor:
1) O CDS tem regras que têm que ser respeitadas por todos, quer antigos quer novos militantes. Uma dessas regras é a de que só podem votar pessoas filiadas há mais de 3 meses. Pretende esta regra evitar, exactamente, o que o movimento AR pretendia fazer: filiar pessoas especificamente para votar. Note-se, além do mais, que estas regras não são de agora, aprovadas de propósito para impedir que os 100 novos militantes AR votem. São já antigas e eram perfeitamente conhecidas. Talvez o movimento devesse ter começado a trabalhar mais cedo… fica a sugestão, e de borla!
2) Ninguém se deve filiar num partido única e exclusivamente para votar numas eleições. O acto de filiação parte de uma convicção e de uma vontade de contribuir para um projecto comum. Qualquer militante a sério não deserta nem desaparece só porque, de acordo com as regras da casa, não pode votar em determinada eleição. Além do mais, quem acredita no CDS, como eu acredito, filia-se no Partido e não num qualquer movimento de alternativa ou de renovação!
3) Considero, além do mais, fabuloso que o senhor responsável pelo movimento diga, e cito «Há muito tempo que não entravam para o partido mais de uma centena de militantes num mês». Devia talvez fazer as contas e saber um bocadinho mais de qual tem sido o trabalho das concelhias e ver, por exemplo, o número de pessoas que se filiou na sequência do regresso, (en ora buena), de Paulo Portas à direcção do CDS. E já nem vou chamar a atenção para o facto de 30% desses militantes de que o senhor tanto fala serem transferências para o distrito de Lisboa e o que esse processo significa em termos práticos (falava de manobras o Senhor, não era?!
4) Por fim, quer-me parecer que se os propósitos do movimento eram apresentar uma alternativa e assumir uma responsabilidade, ficava-lhes bem aproveitar o período eleitoral que se avizinha para se assumirem como tal e dar conta das suas ideias e projectos e discuti-los de forma frontal e construtiva, isto porque às vezes não nos candidatamos para ganhar mas apenas para abrir espaço ao diálogo e à construção de alguma coisa melhor (pensem, por exemplo, no caso da Moção Fazer Futuro da JP, em 2006). Mas lá está… eu penso assim porque gosto mais do CDS do que de qualquer lugar nos seus órgãos mas, pelos vistos, nem todos são assim!
1 comentário:
1) Caros leitores:
O novo século é um espaço de reflexão e debate, não é a peixaria da esquina. Quem quiser discordar dos textos aqui escritos, pode faze-lo á vontade (para isso servem os” comments”), desde que com educação e civismo.
2) Caro Anónimo/ Anónima
Temos muita pena se o seu Q.I. esteja ao nível duma batata cozida, e que isso o leve a sentir-se inferiorizado (a) perante a Beatriz Soares Carneiro. Talvez por isso não encontre contra-argumento racional, limitando-se a zurrar uns insultos. Repito este blog não compactua com faltas de educação e de civismo.
P.S.: Seja homenzinho/ mulherzinha e revele a sua identidade.
Em nome da administração deste blog:
Rodrigo Lobo d'Ávila
11 de Abril de 2008 19:52
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