Cai o Carmo e a Trindade e fazem-se crucificações em praça pública porque Manuela Ferreira Leite (MFL) falou em “suspender” a Democracia por 6 meses para se poder reformar o país.
Sendo eu insuspeita como advogada de defesa de MFL (não apenas não sou militante do PSD como até tenho um “fraquinho” – político, entenda-se – pelo seu oponente Pedro Passos Coelho) devo dizer que não me parece que MFL tenha dito o que se pretende fazer crer que ela disse.
Uma vez mais, porém, a sua intrincada forma de expor uma ideia que seria simples, não lhe correu bem e subverteu, totalmente, o sentido da sua declaração. Na verdade, se bem leio por trás do soundbyte, aquilo que MFL pretendeu fazer foi uma crítica (certeira, por sinal) ao actual governo e à sua forma, pouco democrática, de implementar as suas tão propagadas reformas.
No fundo, simplificando, MFL quis dizer que Sócrates é pouco democrático e que neste momento não há verdadeira democracia em Portugal, porque as reformas se fazem contra quem com elas tem que viver (caso dos professores na educação, dos médicos na saúde, dos juízes na justiça e dos militares na defesa, etc…), sem a mínima preocupação em criar consensos ou em “incorporar” a democracia no processo de decisão política.
A ideia era boa, mas MFL não foi capaz de transmitir… Começa a ser um problema recorrente desta líder do PSD.
Também publicado aqui.
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* Temos que ir por partes que hoje a senhora superou-se...
Sendo eu insuspeita como advogada de defesa de MFL (não apenas não sou militante do PSD como até tenho um “fraquinho” – político, entenda-se – pelo seu oponente Pedro Passos Coelho) devo dizer que não me parece que MFL tenha dito o que se pretende fazer crer que ela disse.
Uma vez mais, porém, a sua intrincada forma de expor uma ideia que seria simples, não lhe correu bem e subverteu, totalmente, o sentido da sua declaração. Na verdade, se bem leio por trás do soundbyte, aquilo que MFL pretendeu fazer foi uma crítica (certeira, por sinal) ao actual governo e à sua forma, pouco democrática, de implementar as suas tão propagadas reformas.
No fundo, simplificando, MFL quis dizer que Sócrates é pouco democrático e que neste momento não há verdadeira democracia em Portugal, porque as reformas se fazem contra quem com elas tem que viver (caso dos professores na educação, dos médicos na saúde, dos juízes na justiça e dos militares na defesa, etc…), sem a mínima preocupação em criar consensos ou em “incorporar” a democracia no processo de decisão política.
A ideia era boa, mas MFL não foi capaz de transmitir… Começa a ser um problema recorrente desta líder do PSD.
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* Temos que ir por partes que hoje a senhora superou-se...
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