Se houve coisa importante na intervenção do Micha no RCP, foi a reflexão que ele deixou acerca do poder concentrado nas mãos de uns quantos e da sua utilização duvidosa e abusiva.
No caso do Freeport, vemos alguém que tenta um negócio à custa de um primo influente, um intermediário cujo melhor argumento é a proximidade (também por parentesco) do poder, e um ministro que distorce aquilo que tutela a seu bel-prazer.
Mais do que perceber se se trata de alguma ilegalidade com rabo de fora, interessa saber, no caso de tudo ter sido “legal”, as condições em que essa legalidade foi obtida. Em Portugal há uma prática do poder político recorrente e relativamente fácil: quando é preciso fazer alguma coisa que não encontra viabilidade legal, encaminham-se os poderes e as influências certas para, a troco de uma coisa qualquer, comprar legalidade. Fácil.
No caso do Freeport, vemos alguém que tenta um negócio à custa de um primo influente, um intermediário cujo melhor argumento é a proximidade (também por parentesco) do poder, e um ministro que distorce aquilo que tutela a seu bel-prazer.
Mais do que perceber se se trata de alguma ilegalidade com rabo de fora, interessa saber, no caso de tudo ter sido “legal”, as condições em que essa legalidade foi obtida. Em Portugal há uma prática do poder político recorrente e relativamente fácil: quando é preciso fazer alguma coisa que não encontra viabilidade legal, encaminham-se os poderes e as influências certas para, a troco de uma coisa qualquer, comprar legalidade. Fácil.
Sem comentários:
Enviar um comentário