Tocou-se aqui numa questão fundamental para as relações internacionais: a redefinição do papel e alteração da composição do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Não é, porventura, apenas a entrada dos BRIC (sem a China e a Rússia, que já lá estão) que faria sentido e o Gonçalo tocou num ponto interessante: a Alemanha. Todos sabemos as razões histórias que levaram a que esta não estivesse entre os membros com assento permanente, mas hoje em dia será que ainda faz sentido termos Inglaterra e França, deixando de fora a Alemanha, a Itália ou até mesmo a Espanha? (Isto só para falar de alguns países Europeus com legítimas pretensões.) Será que a ideia do senhor Solana – UE representada no Conselho de Segurança - não será mais equilibrada? Estariam a França e a Inglaterra dispostas a abdicar do seu direito a favor da UE?
E é legítimo deixarmos de fora a África e o Médio Oriente como fazemos hoje em dia?
Dando um passo ainda mais à frente, será que o Conselho de Segurança ainda faz sentido no mundo em que vivemos? Ou, melhor dizendo, será que ainda faz sentido nos moldes em que existe, actualmente, como órgão no qual nem todos os países estão representados – o que deita por terra o princípio da igualdade -, e em que cada um dos membros tem direito de veto?
Não vejo ninguém da política a querer ter esta discussão. Esta vai entretendo apenas os teóricos e os “scholars” e quem acha estimulante discutir este tipo de questões que sendo muitíssimo interessantes do ponto de vista intelectual são perfeitamente desprezadas pelo mundo político.
Não é, porventura, apenas a entrada dos BRIC (sem a China e a Rússia, que já lá estão) que faria sentido e o Gonçalo tocou num ponto interessante: a Alemanha. Todos sabemos as razões histórias que levaram a que esta não estivesse entre os membros com assento permanente, mas hoje em dia será que ainda faz sentido termos Inglaterra e França, deixando de fora a Alemanha, a Itália ou até mesmo a Espanha? (Isto só para falar de alguns países Europeus com legítimas pretensões.) Será que a ideia do senhor Solana – UE representada no Conselho de Segurança - não será mais equilibrada? Estariam a França e a Inglaterra dispostas a abdicar do seu direito a favor da UE?
E é legítimo deixarmos de fora a África e o Médio Oriente como fazemos hoje em dia?
Dando um passo ainda mais à frente, será que o Conselho de Segurança ainda faz sentido no mundo em que vivemos? Ou, melhor dizendo, será que ainda faz sentido nos moldes em que existe, actualmente, como órgão no qual nem todos os países estão representados – o que deita por terra o princípio da igualdade -, e em que cada um dos membros tem direito de veto?
Não vejo ninguém da política a querer ter esta discussão. Esta vai entretendo apenas os teóricos e os “scholars” e quem acha estimulante discutir este tipo de questões que sendo muitíssimo interessantes do ponto de vista intelectual são perfeitamente desprezadas pelo mundo político.
2 comentários:
Cara Beatriz, permite-me que discorde de ti:
Na minha opinião a Alemanha não deve entrar no CS, porque não é uma potencia nuclear, que eu acho que deve ser uma condição necessária a todos os membros permanentes do CS. Quanto á ideia do veto e da inutilidade do próprio CS, deixa-me também discordar também: o CS não existe para, só por uma questão da segurança dos vários estados. Existe sim, para não deixar crescer em demasia as tensões entre as varias potencias nucleares. O mesmo se passa com o veto.
P.S.: Voltando á Alemanha: Podem dizer-me muitas vezes que este país está mudado e que não é o mesmo que era à 60 anos. Mesmo assim não me agrada nada a ideia, dos alemães a passearem pelo mundo de tanque, mesmo que seja ás custas dos mandatos do CS.
Não sei se te permito discordar de mim... isto pq eu não dei a minha opinião, elenquei questões às quais acho que todos devemos responder. Mas, se bem reparares, não dei uma única resposta.
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