quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Estranho? Nem por isso...

«O ensino privado domina os lugares cimeiros do ranking. Entre as 30 melhores, apenas oito escolas são públicas (eram 13 em 2007). A melhor escola pública, a Secundária Infanta D. Maria, de Coimbra, desceu de 5º para 14º lugar, em relação ao ano passado.»

Enquanto não se derem às escolas públicas os meios para competir de igual para igual com as privadas, a tendência dos rankings será esta. Ou os resultados dos critérios de distribuição de alunos e professores usados pelo Ministério da Educação se conjugam de tal maneira que permitam a cada escola ter os professores e os alunos certos, ou boa parte dessa possibilidade cai por terra. Bom (e mais fácil) seria dar ao sistema público aquilo que ele de que ele carece em relação ao privado: liberdade de escolha para escolas e alunos.

A propósito, ouvi há pouco um professor do Colégio São João de Brito que, comentando os resultados, dizia que o problema da escola pública é estar demasiado dependente da 5 de Outubro. Como se tal não bastasse, o mesmo professor, que dizia já ter trabalhado numa escola pública, acrescentou que essas escolas funcionam como se não tivessem dono, porque não sentiam que tivessem um. Ninguém que se preocupe realmente. E uma vez que, como dizia Friedman*, “ninguém cuida da propriedade alheia melhor do que cuida da sua”…


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*Sim, eu sou adepto do Friedman Futebol Clube... :)

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