Depois de muita insistência do Rodrigo, que só lhe fica bem como dinamizador deste Blog, retomo a minha participação n' "O Novo Século" e, ao contrário do que seria de esperar, não venho falar da crise financeira e da instabilidade dos mercados, mas antes do debate que terá lugar hoje no Parlamento, sobre o estatuto do Kosovo e a posição Portuguesa quanto ao mesmo.
Pelo que leio há já consenso entre os dois grandes (o Bloco Central ainda aí) para que Portugal siga os seus parceiros europeus e reconheça a independência do Kosovo. Embora tenha as maiores dúvidas sobre qual a melhor solução para o problema que temos em cima da mesa (e que foi em grande parte criado por nós Europeus) de uma coisa tenho a maior certeza, a comunidade internacional, e a Europa em especial, não podem criar uma política de "dois pesos e duas medidas", uma espécie de realpolitik taylor made, adaptável às circunstâncias e tão mutável e instável quanto a opinião de uma mulher sobre a moda. E isto porque neste momento não é apenas do Kosovo que falamos. Ou melhor, não deveríamos falar do Kosovo sem falar da Ossétia do Sul e da Abecásia, dois territórios pro-russos que pretendem a sua "auto-determinação" e que a comunidade internacional do "nosso lado do mundo" se recusa a aceitar.
O reconhecimento da independência do Kosovo, na minha opinião, abre um gravíssimo precedente para as leis internacionais e depois disto será muito difícil negar o mesmo direito que oferecemos aos kosovares a quem, invocando este reconhecimento, nos vier pedir nada mais do que "tratamento igual".
Pelo que leio há já consenso entre os dois grandes (o Bloco Central ainda aí) para que Portugal siga os seus parceiros europeus e reconheça a independência do Kosovo. Embora tenha as maiores dúvidas sobre qual a melhor solução para o problema que temos em cima da mesa (e que foi em grande parte criado por nós Europeus) de uma coisa tenho a maior certeza, a comunidade internacional, e a Europa em especial, não podem criar uma política de "dois pesos e duas medidas", uma espécie de realpolitik taylor made, adaptável às circunstâncias e tão mutável e instável quanto a opinião de uma mulher sobre a moda. E isto porque neste momento não é apenas do Kosovo que falamos. Ou melhor, não deveríamos falar do Kosovo sem falar da Ossétia do Sul e da Abecásia, dois territórios pro-russos que pretendem a sua "auto-determinação" e que a comunidade internacional do "nosso lado do mundo" se recusa a aceitar.
O reconhecimento da independência do Kosovo, na minha opinião, abre um gravíssimo precedente para as leis internacionais e depois disto será muito difícil negar o mesmo direito que oferecemos aos kosovares a quem, invocando este reconhecimento, nos vier pedir nada mais do que "tratamento igual".
1 comentário:
Extremamente perigoso: até porque quase todos os países da antiga URSS, tem situações semelhantes. Os historiadores do futuro poderão vir a olhar para a questão do Kosovo, a par da invasão do Iraque, os dois grandes acontecimentos que mataram o direito internacional para as grandes Potencias.
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