Nos últimos dias muita gente tem falado na "morte do capitalismo". Não me espanta, dadas as circunstâncias, que os fiéis discípulos de Marx tresleiam na actual crise passagens do Das Kapital. O que me surpreende é que pessoas que, até há uma semana, eram moderadamente liberais e "crentes" na economia de mercado hoje se aventurem por território desconhecido, pedindo mais intervenção do Estado, mais controlo na economia, menos liberdade e mais proteccionismo, passando um cheque em branco a uma entidade de contornos ainda indefinidos, que tanto pode ser um salvador providencial como um monstro insaciável.
Posto isto, não me parece que o capitalismo tenha morrido. Está a sofrer as "dores do crescimento" e apesar dos seus muitos defeitos, ainda assim, é o sistema mais perfeito e aquele que trouxe ao mundo o maior período de prosperidade e desenvolvimento. O que esta crise nos mostra é que teremos que passar para um novo modelo de capitalismo, mais maduro e mais sereno, no qual cabe aos Estados um papel determinante: ser um regulador prudente, sério e fiável. Não quero o Estado na economia, antes pelo contrário. Quero-o fora, independente, atendo e regulador. Quero Autoridades Reguladoras que funcionem, sejam independentes dos interesses e isentas e prudentes na definição das regras. Quero liberdade com regras, porque nos mercados, tal como acontece com as pessoas, na ausência de regra não existe liberdade, apenas caos.
O pior que pode acontecer ao Mundo neste momento é perdermos a confiança no capitalismo. Sem ele, lá se vai a prosperidade, o desenvolvimento e, com jeito, a democracia.
Posto isto, não me parece que o capitalismo tenha morrido. Está a sofrer as "dores do crescimento" e apesar dos seus muitos defeitos, ainda assim, é o sistema mais perfeito e aquele que trouxe ao mundo o maior período de prosperidade e desenvolvimento. O que esta crise nos mostra é que teremos que passar para um novo modelo de capitalismo, mais maduro e mais sereno, no qual cabe aos Estados um papel determinante: ser um regulador prudente, sério e fiável. Não quero o Estado na economia, antes pelo contrário. Quero-o fora, independente, atendo e regulador. Quero Autoridades Reguladoras que funcionem, sejam independentes dos interesses e isentas e prudentes na definição das regras. Quero liberdade com regras, porque nos mercados, tal como acontece com as pessoas, na ausência de regra não existe liberdade, apenas caos.
O pior que pode acontecer ao Mundo neste momento é perdermos a confiança no capitalismo. Sem ele, lá se vai a prosperidade, o desenvolvimento e, com jeito, a democracia.
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5 comentários:
Concordo inteiramente contigo Beatriz. O problema é que muita gente confunde a palavra regulação, com controle e intervenção.
subscrevo...
com a permissão do Novo Século, "linko" o texto de Beatriz (escreverei BSC porque dsconheço os restantes nomes da autora) para o meu blogue pessoal.
saudações académicas!
Excelente Post.
Obrigada pelos amáveis elogios, meninos!!! :)
Manuel, BSC stands for Beatriz Soares Carneiro e pode linkar este post e todos os que quiser, que esta "autora" permite e não cobra direitos. Não lhe retribuirei as saudações académicas porque, para mim, infelizmente, longe vão os anos de faculdade. Cumprimentos.
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