Tiago,
Inteiramente de acordo com a importância da Cultura para o desenvolvimento de um Povo, assim como, também, entendo que a Cultura pode servir de indicador de desenvolvimento de um País. Pois, como dizes, e bem, quem se preocupa com Cultura em principio já ultrapassou todo um conjunto de questões primárias e essenciais.
No entanto, isso não significa que a População tenha que ser educada ou forçada a apreciar e entender qualquer tipo de Arte. Andas mal, quando esqueces todas as causas que promovem o aumento do nível cultural de um Povo. Os Nórdicos não são mais cultos que nós porque sim ou porque alguém, de repente, se lembrou de decidir que todos eles deviam ler no metro ou no autocarro.
De facto, falar das franjas (vanguardas) é muito bonito e romântico, mas, não dizes quem define o que é bom ou mau! Quando defendes o subsídio/financiamento – como é comum no meio artístico – omites i) quem deve subsidiar ii) quem deve ser subsidiado iii) o que realmente é importante subsidiar iv) porque é que deve ser subsidiado. Ora, como não partilho dessa visão Socialista e como não acredito que as Pessoas devam ser educadas por decreto, prefiro que sejam as pessoas (se quiseres, o Mercado) a decidir, por elas próprias, o que querem comprar, ver ou pagar. E não uma entidade qualquer com gostos no mínimo duvidosos. Não é pelos subsídios acabarem que a Arte deixa de existir, longe disso. Preocupante é a situação actual, onde o Público é concorrente directo do Privado (o que, desde logo, vai contra todos os princípios de mercado livre), ou seja, enquanto o Estado continuar a subsidiar, vai afastando o investimento Privado. É impraticável concorrer com quem dispõe de dinheiro para esbanjar.
Inteiramente de acordo com a importância da Cultura para o desenvolvimento de um Povo, assim como, também, entendo que a Cultura pode servir de indicador de desenvolvimento de um País. Pois, como dizes, e bem, quem se preocupa com Cultura em principio já ultrapassou todo um conjunto de questões primárias e essenciais.
No entanto, isso não significa que a População tenha que ser educada ou forçada a apreciar e entender qualquer tipo de Arte. Andas mal, quando esqueces todas as causas que promovem o aumento do nível cultural de um Povo. Os Nórdicos não são mais cultos que nós porque sim ou porque alguém, de repente, se lembrou de decidir que todos eles deviam ler no metro ou no autocarro.
De facto, falar das franjas (vanguardas) é muito bonito e romântico, mas, não dizes quem define o que é bom ou mau! Quando defendes o subsídio/financiamento – como é comum no meio artístico – omites i) quem deve subsidiar ii) quem deve ser subsidiado iii) o que realmente é importante subsidiar iv) porque é que deve ser subsidiado. Ora, como não partilho dessa visão Socialista e como não acredito que as Pessoas devam ser educadas por decreto, prefiro que sejam as pessoas (se quiseres, o Mercado) a decidir, por elas próprias, o que querem comprar, ver ou pagar. E não uma entidade qualquer com gostos no mínimo duvidosos. Não é pelos subsídios acabarem que a Arte deixa de existir, longe disso. Preocupante é a situação actual, onde o Público é concorrente directo do Privado (o que, desde logo, vai contra todos os princípios de mercado livre), ou seja, enquanto o Estado continuar a subsidiar, vai afastando o investimento Privado. É impraticável concorrer com quem dispõe de dinheiro para esbanjar.
Vê o caso do Rivoli – que conheces bem! Durante a fase dos subsídios tinha uma média de 15 espectadores por espectáculo, após a mudança para um Privado está cheio, deu vida à baixa, dinamizou o turismo e, consequentemente, a Economia da Cidade. Isso é mau?
Mais, o que é criticável nos artistas (?) é exactamente esse pensamento de se acharem superiores e mais cultos que os outros. Essa postura está bem patente no texto anterior, onde afirmas o seguinte “…não enche salas de cinema e nem todos têm a sensibilidade para o poder entender…”! Bom, seguindo um critério lógico, se milhões não entendem e apenas algumas dezenas o conseguem…A conclusão deixo-a para ti! Outro exemplo dessa superioridade moral, que vigora no meio artístico, é a frase pérolas a porcos. Ao que parece, quem partilhar os teus gostos é um erudito, o contrário é um porco! Gostava era de saber quem é que decide o que é bonito ou feio, bom ou mau, etc... Pena que não se perceba que o que uns gostam outros podem não gostar. Chama-se Democracia e respeito pela vontade diferente. No fundo, é a Liberdade!
É lamentável acreditares que o subsídio é sinónimo de Arte, pior, sofres do preconceito que quem é contra os subsídios (no caso, à Cultura) não gosta de Arte ou é ignorante.
Mais, o que é criticável nos artistas (?) é exactamente esse pensamento de se acharem superiores e mais cultos que os outros. Essa postura está bem patente no texto anterior, onde afirmas o seguinte “…não enche salas de cinema e nem todos têm a sensibilidade para o poder entender…”! Bom, seguindo um critério lógico, se milhões não entendem e apenas algumas dezenas o conseguem…A conclusão deixo-a para ti! Outro exemplo dessa superioridade moral, que vigora no meio artístico, é a frase pérolas a porcos. Ao que parece, quem partilhar os teus gostos é um erudito, o contrário é um porco! Gostava era de saber quem é que decide o que é bonito ou feio, bom ou mau, etc... Pena que não se perceba que o que uns gostam outros podem não gostar. Chama-se Democracia e respeito pela vontade diferente. No fundo, é a Liberdade!
É lamentável acreditares que o subsídio é sinónimo de Arte, pior, sofres do preconceito que quem é contra os subsídios (no caso, à Cultura) não gosta de Arte ou é ignorante.
37 comentários:
Um dos melhores textos que já li sobre a cultura.
Fiquei corado :)
Obrigado
Subscrevo as palavras do Micha...
Só uma palavra para o caso do Rivoli que é, realmente, extraordinário. Dar vida à cidade em termos culturais exige que as pessoas estejam interessadas em ir ao cinema, ao teatro, aos museus. No fundo, exige que os seus equipamentos culturais encham. Para isso, tem de haver convergência entre oferta e procura, só possível sem os subsídios que promovem um divórcio entre aqueles que produzem e os que potencialmente “consomem” - a dura realidade é que, quem não precisa de vender bilhetes para se sustentar, não precisa de salas cheias para nada.
Curiosamente, dou razão aos dois, em parte.
Por um lado não acredito na subsidio-dependência, nem na arte, nem em nada. Tão pouco acredito que o gosto se eduque por decreto. É pena que assim não seja, porque teriamos um país bem mais "culturalmente educado", mas não é possível fazê-lo.
Por outro lado, obviamente que a oferta cultural é determinante para o desenvolvimento das cidades e dos países e um factor decisivo para a competitividade quando falamos de turismo, por exemplo. O exemplo de Bilbao é flagrante. E isso impõe um "planeamento cultural", semelhante ao planeamento urbanístico, se quiserem a comparação, e esse sim pode e deve caber ao Estado.
Se quiserem, na minha modesta opinião, o caminho que devemos trilhar está exactamente entre as vossas duas visões, que não vejo como antagónicas, antes como complementares.
Completamente de acordo!
Diria mais:
Recomendo a leitura de "A Queda de um Anjo" de Camilo Castelo Branco.
Logo ao início do livro, Calisto Elói, personagem principal, discursa no Parlamento, indignando-se contra os subsídios entregues pelo Estado para as Artes. Como argumento, mostra que na Grécia clássica, os artistas eram patrocinados pelos cidadãos mais enriquecidos, sentindo-se estes na obrigação de apresentar a Cultura ao resto da população. Ou seja, realmente o patrocínio das artes é prática recente, mas completamente despropositada.
Mais: se a Arte que é financiada é normalmente contra o sistema, porque é que deve o sistema sustentá-la?
Caros Jornalistas,
Não posso deixar de concordar com o que o Tiago Freitas diz! Um país com uma oferta e produção cultural de grande qualidade tem um lugar quase que por inerência na lista dos países mais desenvolvidos do mundo.
Acho que tem de haver subsidios e de alguma maneira o Estado tem de intervir na cultura. Os casos da Rússia e dos países nórdicos são flagarantes..
O caso da Inglaterra também o é. A cultura é para todos e em Inglaterra seguindo esta máxima dão especial enfoque a tal matéria. Como exemplo disso não se paga entradas nos principais museus.
Caro:
O problema é que os museus pagam-se na mesma. Só que são pagos por quem os visita e por quem não os visita.
Noto que só os meus posts não dão polémica...
QUE MISÉRIA!!!!!!!!!
:((((((((((((
Não é com "posts" do "MEC" que vais conseguir criar polémica! É unanime a genialidade de MEC.
;)
Caro Sr Brandão,
Como tudo alguém tem de pagar. É exactamente igual à questão das casas camarárias, alguém as paga... Ou então o rendimento mínimo garantido, ou ainda o subsidio de desemprego... Mas também temos o caso do Magalhães ou do pc e-escola... Alguém paga estas coisas... Qual foi a parte do social que não percebeu?
A sociedade necessita do Estado exactamente para estas coisas. Remeta-se à sua insignificância. Vá passear os cães de casaca para o molhe e beba uma cervejinha fresquinha.
Cara BSC,
Os seus posts nunca poderão causar polémica. São demasiado SLIH!
André, acho que te enganaste a atribuir a genialidade... ela é minha, daí a unanimidade. ;)
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
(Óbvio que estou a gozar... a sério, o do Kosovo podia criar fricções, mas não. Tenho que pensar num tema polémico... hummmm casamentos homosexuais, é uma boa!)
Caro(a) Listaz
"Cara BSC,
Os seus posts nunca poderão causar polémica. São demasiado SLIH!"
Não sei se hei-de levar isto como elogio se como menorização...
Voltando à cultura, a meu ver, não faz sentido a comparação entre Portugal e Países Nórdicos, dadas as diferenças sociais, culturais, etc.
Os próprios sistemas são completamente distintos. Nos Países Nórdicos a tributação fiscal é gigantesca – com a contrapartida do serviço público gratuito – ou seja, apesar de entregarem metade, ou mais, dos seus vencimentos ao Estado, sabem que o sector público fornece, de forma gratuita, todo o tipo de serviços. Em Portugal, isso não existe. E bem!
Primeiro, a adopção desta politica elimina qualquer tentativa de concorrência. Competir com algo que não custa dinheiro, é difícil.
Segundo, não fomenta a escolha do contribuinte. Pode haver quem queira pagar menos impostos e escolher, por si, os serviços a contratar. Não tem essa hipótese.
No fundo, tudo isto passa por uma questão de escolha. Eu prefiro escolher por mim…
Senhor Zé da lista,
o amigo parece tirado de uma reuniao da opus dei. ja agora porque nao poe os seus amiguinhos todos a porta da catedral de fatima a pedir dinheiro para financiar os palhaços de rua ou os pintores de coisas que ninguem percebe?
O Rodiguinho...não gostaste da historia que contei aqui do gaijo dos talheres que foi humilhado em frente a namroda?
Sr Sousa Brandão,
Não se exalte com coisas pequenas... Já lhe disse para ir beber uma cervejinha com a sua casaca. Olhe que está a ficar com pó...
Ora bem:
Em primeiro lugar, caro amigo listaX:
Agradeço, mas não preciso de defesa.
Agora, passando ao nosso já "habitué" destas paragens, listaZ:
Em primeiro lugar, o que se comenta neste post é, especificamente Cultura e seu financiamento. Por isso, obviamente que não estou assim a dizer que sou contra qualquer tipo de financiamente por parte do Estado. Aliás, esse tipo de generalização seria falta de inteligência...
Quanto ao facto de achar que eu sou o listaX, já devia ter notado que eu não me escondo atrás de siglas.
Por outro lado, é impressionante como há pessoas que, quando perdem a capacidade de argumentação, partem para o ataque pessoal.
Mas agradeço a sua preocupação com o meu bem-estar. Realmente irei passear os meus cães, e irei beber uma cervejinha ao molhe. Ainda assim estou disposto a responder aqui a qualquer debate de idéias que aqui se faça, com todo o gosto.
Quanto ao último comentário, não respondo a anónimos.
realmente isto dá que falar...decidi levantar o tema cultura porque sei que levantaria muito pó...apenas deixo a frase...quando não sabemos escolher...é preciso que alguem escolha por nós...ou nos ensine e eduque o nosso gosto para tal...se esse organismo é o estado ou é serralves a mim tanto me faz, acho que deve ser é alguém conhecedor da matéria e não apenas alguém que pense em promover o lucro fácil...como diz um grande senhor "basta-me dois espectadores"
Não seria melhor que nas escolas houvesse uma excelente formação que despertasse para o interesse pelas artes?
E permitir que as pessoas escolham o que querem?
Assusta-me muito essa frase que escreveste:
"quando não sabemos escolher...é preciso que alguem escolha por nós...ou nos ensine e eduque o nosso gosto para tal..."
Repara bem na falta de liberdade que essa frase significa...
essa frase significa o que tu próprio dizes...educar nas escolas, porque não, parece-me sem dúvida uma optima ideia...
Concordo em parte. Obviamente que há lugar ao Estado em matéria cultural, mas haverá sempre quem adira à cultura e quem prefira os "reality shows" da vida. Não há maneira de educar o povo por decreto e ensinar-lhe o que é "o belo" (no sentido filosofico do termo).
Em Lisboa (como no Porto) os museus fecham às 5 da tarde. Não há noites de museus; não há entradas gratuitas para jovens. Não há nada. O Berardo, que é gratuito, está sempre cheio.
Em Portugal não se promove a leitura, e país que não lê é país que não aprende, NADA.
Não há no plano curricular dos nossos jovens o mais leve toque cultural. Nada. 0 sobre 0.
A lei da Televisão não impõe obrigações de serviço público cultural. Os operadores apostam no sucesso fácil e por isso levamos com a trash tv em cima.
Em Lisboa quando um Presidente de Câmara decidiu contratar o Frank Gehry para dar uma nova cara à cidade, caiu o Carmo e a Trindade.
Em Lisboa ninguém quer um novo Museu dos Coches que pode dinamizar uma zona nobre da cidade e trazer uma visibilidade nova à melhor e maior colecção de coches do mundo.
São exemplos do que o Estado pode fazer pela cultura e pela educação cultural de todos nós, sem subsídios, que eu não gosto disso.
desculpa, mas o projecto do museu dos coches do arquitecto mendes da rocha já está em curso, no Porto abriu-se uma fenda com a casa da máusica de Rem Koolhas, equipamento que promove todo género de eventos desde noites de clubbing a concertos de música clássica, serralves promove as famosas inaugurações e o que não falta lá são jovens ( se vão pelas bebidas do bar aberto ou pelas exposições, a verdade é que estão lá a socializar e a encher o museu)...concordo em relação a todo uma cultura de educar o pais, na televisão, escolas e não só, não impôr mas sim educar...
Esta afirmação "quando não sabemos escolher...é preciso que alguem escolha por nós...ou nos ensine e eduque o nosso gosto para tal" podia ser proferida por Alvaro Cunhal!
O probelam que se coloca é a legitimidade do educador. Quem é o senhor A, que legitimidade tem, para ensinar o senhor B? Mais, o que defendes é digno de um regime totalitário, todos educados para o mesmo, todos conhecedores do mesmo, no fundo, todos com o mesmos gostos. Isso é tudo o que não quero para Portugal.
No estado actual, a solução pode mesmo passar por algumas sugestões deixadas pela Beatriz, como, por exemplo, alargar os hórarios dos Museus, abranger nos planos curriculares temas culturais (de forma isenta, é claro), promover a leitura, etc. Mas nunca nada imposto!
eu não quero impor nada...e uma para o ávila...a rússia teve grandes pintores no século XX, malevich é um exemplo. malevich foi um percurssor do movimento suprematista que na russia teve grande expressão...além do mais teve grandes arquitectos e pintores ligados ao movimento construtivista...não foi apenas no século XIX que tal aconteceu...
Ainda,
"como diz um grande senhor "basta-me dois espectadores"
Por muito que procure não encontro grandiosidade nesse senhor. Mais, quem ganha, melhor, arranja subsidios (daqueles sem concurso público), não se preocupa se a sala está ou não cheia. Porque? porque não precisa de encher a sala, visto que já tem o que queria, ou seja, o subsidio. Pior, esses subsidios, caso não tenhas reparado, são financiados pelos contribuintes. Gostem ou não, estão a suportar um filme para 2 pessoas!!!!
Em primeiro lugar eu falei de excepções. Já malevich começou a pintar muito antes do regime czarista caír. Quanto ao movimento construtivista, dou-te razão. Mas tens que ver que a arquitetura é um ramo da cultura, que raramente é penalizada pela falta de liberdade, comum aos regimes totalitários, dada a necessidade de construir monumentos ao regime. Para alem disso o construtivismo aparece logo a seguir á revolução (em 1919, quando a o partido estava demasiado ocupado a derrotar os exércitos brancos, para se preocupar em controlar a todos os sectores da sociedade.
Apagado sem querer
Caros:
Por muito que me custe vou ter que concordar com o Rosas. O florescimento cultural acontece, quando uma sociedade atinge uma determinada prosperidade económico, que permite a existência dum bem-estar geral. Este bem estar leva a que as pessoas comecem a pensar e reflectir. Foi assim na Grécia, foi assim na Roma antiga, e foi sempre assim até aos nossos dias. O financiamento da “cultura de vanguarda” era como é hoje em muitos países assegurado por Mecenas (de Caio Mecenas, um ministro de augusto que andou a sustentar com o seu dinheiro metade dos grandes poetas e escultores romanos). Estes como homens de grande cultura, ou com auxilio de quem a tenha, investem e patrocinam só quem tenha qualidade, dado que é o seu dinheiro que está em jogo. Já o estado como é óbvio não tem condições para determinar o que é bom ou o que é mau; nem sequer tem necessidade disso, dado que é o dinheiro da “pova” que está em jogo. Isso ainda somado ao facto de o estado ser a instituição de poder supremo, leva a que se torne um péssimo promotor de cultura, pois penaliza a criatividade dos artistas, por razões mais que obvias. O que se tem que criar, como acontece na maior parte dos países civilizados (como INGLATERRA), é condições de incentivos a estes “mecenas”, como isenções fiscais , condecorações, ou coisa que valha.
Caro ListaZ:
Quanto ao caso inglês: os museus no qual não se paga, são apenas três ou quatro, como o natural, o british, e o victoria & albert. Os restantes museus são a pagar, e não se paga pouco. O mesmo se passa com a musica, cinema etc.
Da próxima vez que tiver em Londres, em vez de perder tempo numa qualquer palhaçada experimente ir ao Royal Albert Hall, ou ao nathional theatre , e veja quanto dinheiro lá deixa. Essa é a política da Inglaterra no que toca á cultura, sempre foi. O estado apenas garante a sobrevivência do que faz parte da identidade nacional. Tudo o que é arte de vanguarda, tem que andar praticamente pelo seu próprio pé (ou com o pé dos mecenas).
Já a sua referencia á Rússia é que adorei: toda a grande cultura russa (Salvo raras excepções), é pré-1917 (época em que o modelo de financiamento da cultura era o do mecenato). É na época dos czares que vivem, Tolstoi, Dostoievsky, murgovsky, Theckov, tchaikovsky, Conrad , Sienkiewicz e muitos mais. Os homens da cultura da época soviética praticamente não existem: existe Gorky (o escritor de bandeira do regime soviético e que não é nada comparado com os escritores anteriores), Bondarchuk (o realizador do Guerra e Paz) e Eisenstein (realizador também), e pouco mais. O resto da arte soviética, não é mais que mera propaganda ao regime e com muito mau gosto. Isto passa-se em todos os ramos da cultura soviética, salvo muito raras excepções. Porquê? porque havia um regime de pensamento único. Determinado por quem? Pelo estado!! O que é que acontecia a quem ia contra esse pensamento? Sibéria… Álias não deixa de ser irónico que o grande símbolo da cultura russa do século XX (Solzhenitsyn), tenha sido perseguido pelo regime, e tenha escrito a maior parte das suas obras no ocidente, onde não recebeu um cêntimo do estado. Quanto á "grande cultura nórdica", devo-lhe dar razão: porque realmente todos os grandes movimentos culturais, todos os grandes artistas, surgiram lá. Não surgiram na Alemanha, Inglaterra, Itália, França ou América onde funciona o malvado modelo do mecenato…
Depois de algumas semanas de incubação, a Praga que atingiu recentemente a cidade do Porto , atingiu também o blogue “O Novo Seculo”; Dois reputados Biólogos, investigadores da Universidade do Minho, que preferiram manter o anonimato , confirmaram tratar-se de um vírus da variante Ovis aries Hordeum vulgare. Segundo estes Biólogos, este vírus terá sofrido recentemente uma mutação que diminui drásticamente o período de incubação( no caso da cidade do Porto terá demorado 3 a 6 meses a manifestar-se). Uma das características interessantes deste vírus é a capacidade de passar por ser apenas um vírus benigno, revelando-se posteriormente de elevada malignidade; característica que terá desenvolvido na passagem por climas mais quentes, provavelmente no sul do país.
Apesar de se tratar de um vírus de elevada malignidade, estes investigadores aconselharam as pessoas a ter calma, pois esta praga tem tratamento, e não deixa mazelas posteriores nas regiões infectadas; Deixamos assim ao critério dos nossos leitores vários tratamentos possíveis, de modo a que estes possam escolher o que lhe parecer mais adequado.Eles são:
a) Dizer mal da Europa
b) Dizer bem do Zé Rosas
c) Louvar o Zé Rosas
d) Dizer que o Zé Rosas é um gajo do caralho
e) Dizer “O Rosas é que é...”
f) Ir ao Ditadura
g) Gastar dinheiro no Ditadura
h) Dizer bem da antiga gestão do ditadura
i) Negar as “fantasticas qulidades” do Tratado de Lisboa
j) Fazer-lhe uma auto de Fé
k) Transformar a Rotunda da Boavista num “pelourão” e chicotea-lo em praça pública
É aconselhada a escolha de uma das 9 primeiras por questões de eficácia.
Quando eu vi os teus olhos esbugalhados
A casaca e os sapatos de verniz
Os pára-choques amolgados
Parecias uma imperatriz
Foi a certeza que eras tu
O Rosas do molhe
Espelho que não recolhe
Cabelo cor de caju
Peguei, larguei, meti-te no carro
Ris-te e deste uma volta
Levantaste poeira, cuspiste catarro
Explodiu a revolta
Peguei, larguei, meti-te no carro
Ris-te e deste uma volta
Levantaste poeira, cuspiste catarro
Explodiu a revolta
oh oh oh oh
Tens no carro uma referência
E no molhe conta
Tanta cerveja nessa adolescência
No teu carro toda a gente monta
Foi no molhe que te vi
Cerveja, cerveja e cerveja
O teu carro foi com bisturi
O kadett não há quem proteja
Peguei, larguei, meti-te no carro
Ris-te e deste uma volta
Levantaste poeira, cuspiste catarro
Explodiu a revolta
oh oh oh oh
Peguei, larguei, meti-te no carro
Ris-te e deste uma volta
Levantaste poeira, cuspiste catarro
Explodiu a revolta
oh oh oh oh
Ah... foi na manhã acesa em ti
Cerveja, cerveja e cerveja
O teu carro foi com bisturi
O kadett não há quem proteja
Peguei, larguei, meti-te no carro
Ris-te e deste uma volta
Levantaste poeira, cuspiste catarro
Explodiu a revolta
oh oh oh oh
PS: A lena d´agua inspirou-se neste tema popular "ROSAS em cuecas de tarzan", para alcançar o seu grande sucesso amor de água fresca.
Há aqui anónimos com piada... o senhor do virus é um deles!!!!! Esteve bem, sim senhor :)
Se excluirmos a parte ideológica liberal, concordo por inteiro. Há que combater essa visão gaulesa e marxista da cultura !
Ora, se cultura é tudo aquilo que é produzido pelo homem, a cultura é do povo ! E não cabe ao Estado condicioná-la minimamente !
Aliás. Meter subsídios ao barulho e, pior, essa ideia de que as vanguardas é que são excelências e que toda a gente devia era gostar disso é por natureza totalitária.
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