terça-feira, 25 de março de 2008

Se não funcionar a martelo, vai-se buscar um martelo maior...

Muito me tenho divertido com as reacções ao vídeo da aluna a espancar a professora. Apareceram logo uma serie de iluminados, cada um com ideias mais brilhantes (embora só comprensiveis para eles próprios) que os outros.
A mais fantástica, embora não deste planeta, é sem duvida a de Rui Tavares que ele explicou ontem no Público. E em que é que consiste esta espécie de pedra-filosofal, que permite resolver todos os problemas da educação em Portugal? Nas próprias palavras de Rui Tavares:"mais professores, mais funcionários (...) mais dinheiro, e dos seus impostos" (exactamente caro leitor, Rui Tavares tá-se a referir ao seu dinheiro). Boa!!! Portanto, Portugal é dos países da U.E. que gasta maior percentagem do seu PIB, com a educação; o ministério da educação tem 200000 funcionários públicos nas suas fileiras, logo se há um problema a solução (típica duma certa esquerda) é atirar mais dinheiro para o poço.
O sistema já nasceu torto? Náá!! Toda a teoria do ensino pós-25 de Abril é completamente deslocada da realidade da sociedade?? Nááá!! O problema do sistema de ensino é qualitativo, não quantitativo?? Náá!!
Se a coisa não funciona á marretada com este martelo, a solução é simples: vai-se buscar um martelo maior.

1 comentário:

José Miguel Guimarães disse...

Gostei também das declarações da sra ministra, quando a discussão sobre o estatuto do aluno veio de novo à baila com esta história!! Disse a inteligente senhora que a culpa nao podia ser do estatuto do aluno, fazendo uma analogia com o código da estrada: "acha que é o código da estrada que evita acidentes?? claro que não!". A senhora devia estar bêbeda... é OBVIO que o objectivo do código da estrada é impor regras de forma a que cada um nao guie como bem lhe apetece, de forma a evitar mortes e acidentes...e é OBVIO que o estatuto deve também impor regras de forma a promover o bom funcionamento nas escolas. Mas também é OBVIO que nao o faz...